terça-feira, 21 de agosto de 2012
UÈ patrão!
terça-feira, 19 de abril de 2011
Dinâmicas do mundo contemporâneo
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Funcionamento Cúmplice
Para nós, anarquistas, indivíduos que desejam ardentemente a eliminação de qualquer traço de tirania e domesticação, isto tem sido experimentado numa variedade de formas de acordo com as condições sociais e económicas predominantes, e marcado pelo conceito particular de "todo" que cada um de nós tem. Se isto pode, em tempos, ter sido interpretado– por alguns –como significando uma grande organização em oposição a uma grande indústria, hoje a desintegração social e a incerteza foram mais longe que qualquer crítica que possa construir deixando para nós a questão -O que Fazer?- .
Somos deixados sozinhos também com um outro dilema delicado: se a minha liberdade depende da liberdade de todos, não depende a liberdade de todos do meu agir para me libertar? E se todos os explorados não estão a agir para se libertarem – como um todo composto tangível – como posso eu funcionar ?
Tendo recusado os ajustes da participação no trabalho voluntário e da mudança progressiva com os quais a ideologia democrática procura saciar os seus inchados sujeitos, fico comigo mesmo e com a minha força imediata.
Eu procuro Cúmplices, os meus cúmplices...alguém interesado?
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Enfim!
“Foram eles e suas absurdas e falsas reformas que nos trouxeram a este estado. Foram eles que desmoralizaram de todo o país, que o deslocaram e revolucionaram. Reformadores ignorantes, não souberam dizer senão como os energúmenos de Barras e Robespierre: abaixo! Assim se reformou esta desgraçada terra a machado!
Mais 10 anos de barões e de regime da matéria, e infalivelmente nos foge deste corpo agonizante de Portugal o derradeiro suspiro do espírito.
…Não contentes de revolver até aos fundamentos a desgraçada Pátria com inovações incoerentes, repugnantes umas às outras, e em quase tudo absurdas, sem consultar nossos usos, nossas práticas, nenhuma razão de conveniência, foram ainda atirar com todo este montão de absurdos para além-mar…”
Almeida Garrett (sobre a implantação do liberalismo em Portugal)
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Quaresma
Como não sei o que pôr em palavras tanto que quero dizer ao mesmo tempo aqui vai uma cópia á moda antiga...rebusco as palavras acerca do palhaço, que deu um tiro nos cornos, graças a deus, palavras, não-me traia a memória outra vez : aqueles que só sonham dão com os costados na terra bem cedo. Quando percebem a necessidade da razão, a inépcia cultivada ao longo de anos trata-lhes da saúde e acabam como o pobre do clown.
“ Tanto os frangos como as galinhas resistiram dois dias sem grandes demonstrações de desespero, mas ao terceiro começaram a picar-se uns aos outros, as galinhas deixaram de pôr e o cacarejo da fome partia-nos a alma… Oh, se foi um triste regresso ao aviário. E o que veio depois foi ainda pior, porque o exercício lhes tinha aumentado a fome e os malditos frangos começaram a praticar o canibalismo.
Ao décimo dia estavam vivos metade dos frangos, as galinhas não punham ovos mas resistiam, e embora agora me pareça incrível, uma, só uma galinha pôs todos os dias o seu ovo da praxe. Eu apontava no relatório de produção: ovos-um.
- Era um galinha com consciência de classe – assegurou Arancibia.
- Uma heroína do trabalho socialista. Ao décimo primeiro dia, hesitando entre o suicídio ou o assassinato em massa, decidimos pelo segundo, ser criativo era a palavra de ordem, de modo que reuni os os homens mais fortes do aviário, armámo-nos com umas espingardas de caça e saímos em dois camiões rumo à fábrica de rações.
- … as coisas não me parecem tão claras. Esses tipos que tinham ocupado a fábrica de rações também eram camaradase não se resolvem a tiro as contradições no seio do povo.
- Precisas do sopapo? Evidentemente que eram camaradas, também o eram aqueles que ocuparam umas vinhas e decidiram beber toda a produção alegando que estavam há anos a chupar as sobras.
- … Alguns de nós tinham sede de justiça, sede de igualdade social, por que razão não teriam aqueles tipos sede de bom vinho? Os pequeno-burgueses têm uma inapetência natural. É melhor continuares com os frangos.
…
- As classes podem conseguir acordos temporários tácitos que não danifiquem a estratégia da vanguarda condutora. Di-lo Lénine em O que fazer?- esclareceu Arancibia.
- Lenine não percebia nada de frangos e a camarada Nadezda Krupskaia não era capaz de fritar um ovo. Di-lo o careca em Los Porfiados Hechos – testemunhou Salinas.
-… e a Camarada Kollontai denunciou a perversidade dos mitos sociais transformados em escolhos para a liberdade do amor. Quero saber o que aconteceu ao raio dos frangos.
- … Carregámos os camiões a toda a pressa, regressámos ao aviário, enchemos os comedouros generosamente e fui dormir. Não dormi muito porque, poucas horas depois, alguns camaradas foram acordar-me dizendo que as galinhas e os frangos faziam um bacanal nas capoeiras. Pondo as coisas nessa linguagem que tanto te agrada, os bichos estavam entregues ao mais burguês dos liberalismos e por nossa culpa. Com a pressa, em vez de carregarmos os camiões com ração, fizemo-lo com sacas de um complexo vitamínico que devia ser administrado na proporção de um punhado por cada duas sacas de alimento.
- Nada disso importa se temos o calor das grandes verdades proletárias…
- Uma merda. Nunca foi tão caro produzir um ovo ou ver crescer um frango. Odeio-os com toda a minha alma.
-Peito ou perna?”
Luís Sepúlveda , A sombra do que fomos
quinta-feira, 26 de março de 2009
Tirocínio
1: Barack Obama
2: Hu Jintao
3: Nicolas Sarkozy
4-5-6: Economic Triumvirate
7: Gordon Brown
8: Angela Merkel
9: Vladimir Putin
10: Abdullah bin Abdulaziz Al-Saud